quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Cauã Reymond sobre "Avenida Brasil": ’É meu maior personagem na TV’

Cauã Reymond em cena de “Reis e ratos”
No que parece ser uma das principais apostas do filme "Reis e ratos" — a oportunidade para que atores bonitões não façam simplesmente galãs —, Cauã Reymond surge com um personagem atípico, a começar pelo nome: Hervê. Como ele mesmo define, o sujeito é "um locutor afeminado que recebe santo". Se soa complicado, ele descomplica.

— Não tem gente com o corpo fechado? Hervê tem o corpo aberto. Ele tem uma tendência a receber espírito e se transforma num guerreiro cossaco. Mas tudo foi levado para a comédia — diz o ator.

E é esse mesmo o tom do filme. Nessa brincadeira, o personagem passa por diversas etapas: o locutor de voz anasalada — inspirado no Repórter Esso, que Cauã escutou à exaustão —, o guerreiro que maneja uma espada, um frequentador de sauna gay — com direito a toalhinha presa no cabelo — e, claro, um herói que defende a sua "amada" Amélia (Rafaela Mandelli). Entre aspas, porque nesse filme nada é muito certo.

— Eu me senti com liberdade para criar. Estava num lugar em que todos podiam experimentar, porque os personagens proporcionam isso — diz Cauã, que soube uma semana antes que iria fazer o filme, o nono da sua carreira, rodado em apenas 17 dias.

Revelado na TV em "Malhação", o ator celebra a maturidade da carreira e, influenciado por seu colega de elenco Selton Mello, sente vontade de arriscar na direção de filmes.
— Fico me perguntando como deve ser estar do outro lado. É uma coisa que me dá um tesão. Acho gostosa essa troca, porque eu também conheço as inseguranças de um elenco. O que me dá vontade é estar no set e falar aquela coisinha no ouvido do ator que o ajuda na cena — explica Cauã, que estará de volta ao horário nobre da TV em "Avenida Brasil".

’É meu maior personagem na TV’

Após o sucesso de "Da cor do pecado" — seu trabalho seguinte a "Malhação" — e o reconhecimento do seu talento em "A favorita", ambas assinadas por João Emanuel Carneiro, Cauã Reymond não esconde a satisfação de participar de "Avenida Brasil", a próxima novela das nove, também escrita pelo autor.

— É minha terceira colaboração com o João e eu acho que é meu maior personagem na TV. Vou trabalhar muito — adianta o ator, que já ostenta bolhas nos pés devido às aulas de futebol que está fazendo para interpretar um jogador reserva do Bangu.
A principal trama da novela, prevista para estrear em março, ainda é um mistério, mas Cauã adianta que o grande conflito do personagem será com a mãe Carminha, a vilã interpretada por Adriana Esteves.

— Botei um brinquinho para ele também. O que estou usando é bem discreto, mas ele vai ter outro... A ideia do brinco foi minha, mas no dia que eu furei a orelha, fiquei supertriste. Não sei por quê — conta Cauã, que se prepara também escutando músicas, numa rigorosa seleção que ele fez para entrar no clima do mundo do futebol: — Estou escutando pagode direto, e estou apaixonado pelo Arlindo Cruz. É um poeta.

Em breve, pai

Ao que parece, a máxima do "sorte no jogo, azar no amor" não se aplica a Cauã. O ótimo momento na carreira coincide com a sua primeira experiência como pai. Juntos há cinco anos, Cauã e a atriz Grazi Massafera esperam a chegada de Sofia.
— Fico muito nervoso porque a bebê vai nascer no meio da novela, acho que fim de maio, junho, por aí. Vai ser de Touro ou geminiana — explica o ator: — Acho que ia preferir se fosse de Touro, porque sou taurino e ia entendê-la melhor — brinca.

Extra

Nenhum comentário:

Postar um comentário