A atriz vira mulherão para interpretar maria-chuteira na próxima novela das nove, ‘Avenida Brasil’
Isis Valverde toma cuidado para definir Suéllen, sua personagem em “Avenida Brasil”, novela das nove que substitui “Fina Estampa” a partir de segunda-feira, dia 26. É periguete? Absolutamente. É garota de programa? Tampouco.
“Ah, vocês vão ter de assistir à novela para entendê-la melhor”, desconversa a atriz de 25 anos, fazendo questão de manter o mistério em torno da história da personagem.
Justiça seja feita: Suéllen parece indicar um caminho totalmente novo dentro da trajetória da carreira da atriz, iniciada em 2005 com o remake de “Sinha Moça”. A própria descrição da personagem – uma maria-chuteira de caráter duvidoso – parece aquém do desafio que ela tem imposto a Isis. “Não sei dizer se é mais difícil ou menos difícil, mas tem exigido muito de mim”, conta ela, que, na ficção, esconde uma história de vida cheia de traumas: na infância, foi abusada sexualmente pelo pai. “O passado ajuda a explicar o que Suéllen se tornou”, avalia. Na trama de João Emanuel Carneiro, ela se envolverá sexualmente com vários personagens da trama – o jogador de futebol Iran, papel de Bruno Gissoni, é uma das “vítimas”. Tudo por interesse, claro. “Vai ter muitas cenas de sexo. É uma personagem complexa.”
SENSUAL /Suéllen camufla sua trajetória sofrida atrás de uma embalagem exuberante. É a típica gostosa do subúrbio, boazuda. Para interpretá-la, Isis intensificou a malhação. E quis ganhar massa muscular para deixá-la mais real.
“Suéllen tem bundão, cabelão, unhão...”, aponta a atriz, abusando dos aumentativos. Já a personagem abusa do figurino, ousado. “Ela usa roupas justas e curtas, bastante cor. Adora dançar, vai a bailes de charme. Frequentei alguns deles para tentar me aproximar deste universo.”
Alguém aí se lembrou de Rakelli, sua personagem em “Beleza Pura” (2008)? “Rakelli tinha um registro mais para o humor. Era mais inocente, mais menina mesmo. Já Suéllen é sexual, não é uma pessoa boa”, compara Isis. A atriz vê no novo papel, entretanto, uma outra chance de criar um tipo inesquecível. “Rakelli foi muito importante. Espero que com a Suéllen eu também consiga atingir tamanha repercussão.”
Diário de S. Paulo
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